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sábado, 21 de abril de 2012

Godinho Lopes: «Todos os jogadores estiveram fantásticos», «Se estivesse satisfeito não tinha mudado treinador», «Vou esperar pela conclusão da investigação»





Entrevista exclusiva ao Jornal Record


GODINHO RECORDA TRIUNFO FRENTE AO ATHLETIC



RECORD - Como viveu o jogo com o At. Bilbao?
GODINHO LOPES – Desde que estou no futebol que aprendi que o jogo mais importante é o próximo. Naturalmente, estava interessadíssimo em observar a reação da equipa e… ganhar o jogo.
R – E gostou do que viu?
GL – Na 1.ª parte percebi que tínhamos equipa para ganhar. Apesar de que no futebol estas sensações têm um valor relativo, a verdade é que fiquei com essa convicção. Aliás, deveríamos ter tido direito a um penálti – já vi a jogada repetidas vezes – mas acabaram por ser eles a marcarem um golo num lance fortuito. Depois houve aquela bola ao poste…
R – E chegou a ver as coisas mal paradas…
GL – Senti que a equipa tremeu aí um bocado, mas depois disso foi uma avalancha total. O Sporting poderia ter ganho por números mais dilatados. Gostei dos movimentos de Van Wolfswinkel nas oportunidades de golo que teve – ele fez tudo perfeito e procurou sempre colocar a bola fora do alcance do guarda-redes. Não foi feliz, mas foram três chances impressionantes. Mas todos os jogadores estiveram fantásticos. O Marat, o Capel, o Polga, o João Pereira, o André Martins, enfim… todos!
RECORD - O futebol está em blackout, mas temos de lhe perguntar se, neste momento, o balanço desportivo o satisfaz?
GODINHO LOPES - O presidente do Sporting nunca pode estar satisfeito por estar em quarto lugar. Independentemente de estar satisfeito por estar na meia-final da Liga Europa e na final da Taça de Portugal. Se estivesse satisfeito não tinha mudado o treinador.
R - E porque é que mudou?
GL - Isso é uma análise diferente. Agora, nenhum presidente do Sporting pode ficar satisfeito por estar em quarto lugar. Se me está a perguntar se eu estou satisfeito, não estou. Não estou desiludido, mas não estou satisfeito. Está fora daquilo que eu achava. Nunca disse que seríamos campeões, mas achava que tínhamos condições e temos, para lutar pelo primeiro lugar. Mas se reparar, na época passada, nesta altura estávamos a 32 pontos do primeiro, agora estamos a 13. Aproximamo-nos mas não estou satisfeito.
R - Mais do que o título, o estar muito longe da liga dos campeões é que o preocupa?
GL - Também. Reconheço que sim, isso era fundamental.
COMENTA "CASO CARDINAL" EM ENTREVISTA EXCLUSIVA
RECORD - O que representa para o clube o caso que envolveu Paulo Pereira Cristovão?GL – Queria pôr essa questão em três níveis diferentes. O primeiro tem a ver com o Paulo. Ele é vice-presidente do Sporting e encontra-se sob um processo de investigação não apenas da parte das autoridades mas também do clube através de um inquérito dirigido pelo Conselho Fiscal e Disciplinar. Sendo assim, sobre esse facto não me pronuncio. Evidentemente, presumo que o Paulo é inocente mas vou esperar pela conclusão da investigação. Ponto final.
R – Mas já se referiu à especulação criada à volta do caso. Seria bom, então, esclarecer alguns pontos. Por exemplo: uma das razões que travou a saída de Paulo Pereira Cristóvão foi a ameaça que ele fez de “partir tudo” e colocar as claques contra si.
GL – Isso é ridículo, completamente ridículo. Não me furto a nenhuma pergunta, mas deixe-me prosseguir no raciocínio e permita-me falar de outro aspeto relacionado com o caso: a tentativa de aproveitamento que alguns clubes estão a fazer. É inacreditável! Não ganharam no campo mas estão a procurar ganhar de outra forma.


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